quarta-feira, 29 de abril de 2009

O Ernesto que sempre será Che

Em tempos de fervores ideológicos, o mundo revê o mito de Guevara

Em 2009, completam 42 anos de sua morte. Assassinado aos 39 anos de idade, Ernesto “Che” Guevara, revolucionário e líder da revolução cubana ao lado de Fidel Castro, ainda desperta curiosidade e inspiração aos que conhecem sua história.

Lançado em 27 de março deste ano, “Che”, filme dirigido pelo vencedor do Oscar, Steven Soderbergh (11 Homens e um Segredo e Traffic), e interpretado pelo ator porto-riquenho Benício Del Toro, traz à tona o mito da guerrilha cubana iniciada em 1956 com o propósito de derrubar o governo do General Fulgêncio Batista.

Apresentado no Festival de Cannes de 2008 como uma única produção de quase 4h20min de duração, Che está sendo lançado em vários países como dois longas.

O mundo literário é juntamente absorvido pela temática Guevara, também lembrado com saudosas histórias de sua vida. “De Ernesto a Che”, Carlos 'Calica' Ferrer, amigo de infância de Ernesto, relata as aventuras e experiências pela qual passaram juntos na última viagem pela América Latina antes do jovem médico se tornar o Comandante Che.

“Evocação – Minha vida ao lado do Che”, escrito pela viúva do revolucionário, Aleida March depois de 40 anos de silêncio autoimposto, é um livro de memórias íntimas que revela o lado mais desconhecido da figura de Guevara. Retratado por um lado mais humano, Che tem sua vida contada por meio da mulher que esteve ao seu lado durante oito anos e com quem teve quatro filhos.

Mesmo em tempos de heróis em extinção (ainda é muito cedo para Obama, de acordo com especialistas), Ernesto “Che” Guevara sai do imaginário ideológico de milhões de pessoas, admiradoras ou não, e cataloga mais uma vez o seu nome na vida de todas as gerações.

Um comentário:

Lira. disse...

Já dizia Eduardo Galeano...

Por que será que o Che
Tem este perigoso costume
De seguir sempre renascendo?
Quanto mais o insultam,
O manipulam
O atraiçoam
Mais renasce.
Ele é o mais renascedor de to
Não será por que o Che
Dizia o que pensava,
E fazia o que dizia?
Não será por isso
Que segue sendo tão extraord
Num mundo em que
As palavras e os fatos
Raramente se encontram?
E quando se encontram
raramente se saúdam
Por que não se reconhecem?