terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Ataques israelenses contra escola da ONU em Gaza deixam três mortos


da Folha Online

Ao menos três palestinos morreram nesta terça-feira em bombardeios israelenses contra uma escola administrada por uma agência da ONU (Organização das Nações Unidas), na Cidade de Gaza, informaram uma fonte médica e um porta-voz da ONU.

Três pessoas morreram em um ataque aéreo israelense na cidade de Gaza contra a escola Asma, no campo de refugiados de Chati, administrada pela UNRWA, a agência da ONU para os refugiados palestinos, afirmou o porta-voz da mesma, Adnan Abu Hasna.
Hasna declarou que 450 pessoas estavam refugiadas na escola para escapar dos bombardeios em outros bairros da cidade.

Um outro porta-voz da agência afirmou à agência internacional de notícias Efe que a escola foi atingida por volta das 23h30 desta segunda-feira (5) (19h30, no horário de Brasília) por fogo israelense direto que provocou a morte de três homens jovens.

Os mortos são três civis homens da mesma família de 24, 25 e 29 anos. "A escola de Asma estava claramente identificada como edifício das Nações Unidas", afirmou a fonte, que disse que sua localização exata, assim como as de todas as instalações da ONU na Faixa de Gaza, tinha sido informada antes ao Exército israelense.

O porta-voz da UNRWA, Christopher Gunnes, qualificou o fato de "uma clara violação humanitária e da legislação internacional", que proíbe disparos contra escolas, hospitais e instalações humanitárias.

A UNRWA protestou perante o governo israelense pelo ataque e exigiu o início imediato de uma investigação imparcial sobre os fatos.

A agência de notícias France Presse informa ainda um segundo ataque a uma escola, em Khan Yunes, sul da faixa de Gaza. Um obus da artilharia israelense atingiu a entrada de uma escola e matou duas pessoas, segundo uma fonte médica.

Israel comanda nesta terça-feira o 11º dia consecutivo de uma grande ofensiva militar contra o grupo islâmico radical na faixa de Gaza, ataques que deixaram mais de 550 mortos e cerca de 2.500 feridos.

Segundo Israel, a ofensiva militar é justamente uma resposta à violação --com o lançamento constante de foguetes-- do Hamas da trégua de seis meses assinada com Israel e que acabou oficialmente no último dia 19.

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